domingo, 15 de fevereiro de 2015

Direito e Cidadania

População ainda não tem acesso a remédios de alto custo na rede estadual de saúde

O Blog já havia tratado do tema em postagem do dia 31 de janeiro de 2015 (clique aqui), mas volta ao assunto porque o problema ainda perdura.

Dando sequência a um erro verificado ao longo de quase toda a gestão da médica Rosalba Cialini Rosado (DEM), terminada em 31 de dezembro de 2014, o atual governo, de Robinson Faria, ainda não resolveu o problema da falta de medicamentos importantes em várias de suas Unidades Centrais de Agentes Terapêuticos - UNICAT´s, órgãos ligados à Secretaria de Estado da Saúde Pública - SESAP, responsável pela distribuição, à população, de medicamentos de diversas espécies.

Novamente o Blog constatou junto à UNICAT de Mossoró que, além de outros medicamentos, estão em falta o Dimorf e o Reminyl.

O primeiro é feito à base de morfina, e serve para aliviar a dor crônica grave e aguda de pacientes em geral, especialmente os pacientes que sofrem de câncer, que certamente são os que mais utilizam a droga.

Por sua vez, o Reminyl, produzido à base de bromidrato de galantamina, é usado principalmente no combate ao Mal de Alzheimer, doença igualmente grave, sem cura, que acomete milhares de pessoas em todo o Brasil.

Embora tenha chegado recentemente um lote de medicamentos à UNICAT de Mossoró, que funciona vinculada à Diretoria Regional de Saúde - DIRES mossoroense, esses medicamentos continuam em falta.

Sem disponibilidade dos medicamentos de alta complexidade na rede pública estadual, os pacientes de câncer e Alzheimer são obrigados a comprá-los nas farmácias da rede privada.

Uma caixa de Dimorf, com comprimidos para poucos dias, custa em média R$ 75,00 (setenta e cinco reais), ao passo que uma caixa de Reminyl de 8mg, com sete cápsulas, custa em média R$ 100,00 (cem reais). Se o Reminyl for de 16 mg ou mais, o preço será ainda maior.

Logo, quem necessita fazer uso constante de algum desses medicamentos, terá que arcar com despesas altíssimas, quando tais medicamentos deveriam ser disponibilizados gratuitamente na rede estadual de saúde.

Patu

Prévia Carnavalesca foi sucesso total



Foto: Blog Patu Cidade Turística

A Prévia de Carnaval realizada em Patu na última sexta-feira, 13, foi sucesso total.

A festa começou no início da noite no Bairro da Estação, de onde partiu o trio elétrico Arerê com Roberto e Banda Maior Expressão. O ex-vocalista da (já extinta) Banda Terríveis e sua banda arrastaram os foliões pela Avenida Lauro Maia e pela Avenida Rafael Godeiro, só parando na Praça de Eventos "Oliveira Rocha".

Na Praça de Eventos, as bandas Inala e Magote continuaram a festa, agora no palco montado naquele local.

Os blocos patuenses "A Troça" e "Raça Unida" se encarregaram de puxar a folia. Mas não foram os únicos. De algumas cidades da região estiveram na Prévia patuense vários outros blocos carnavalescos.

E quem não estava em nenhum bloco também foi presença marcante. O povo compareceu em número expressivo. E não era apenas de Patu, pois à Prévia compareceram pessoas de vários outros Municípios, inclusive de Messias Targino.

A festa transcorreu com muita paz, pois não houve registros de fatos graves. Para tanto, uma equipe da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil (de Patu) acompanhou todo o trajeto do arrastão da folia e policiais militares da Companhia de Polícia Militar de Patu foram presença marcante em todo o evento, inclusive na Praça "Oliveira Rocha", onde a festa durou até por volta das 2 horas da madrugada do sábado, 14.

Para ver mais imagens da Prévia Carnavalesca de Patu, clique aqui.

Opinião

Mais um boato cretino

Crispiniano Neto

Às vésperas de completar 59 anos de idade, a vasta experiência de vida não me permite embarcar em teorias conspiratórias, tampouco me permite deixar de sentir o cheiro de maracutaia em muitas “acontecências” que parecem inocentes ou casuais, mas que no fundo têm montagens, as mais sórdidas, lhes respaldando.

Não faz tempo, tivemos um tumulto em Minas Gerais, quando de um surto de febre amarela. A imprensa, de maneira irresponsável e desonesta passou a divulgar freneticamente que as vacinas estavam vencidas ou tinham pouca capacidade imunizatória. Algumas pessoas correram a tomar uma segunda dose, e, se não me engano alguém chegou a tomar três. Uma mulher morreu diante da reação, pois como se sabe a vacina é o micróbio da própria doença inoculado em quantidade pequena, suficiente apenas para provocar a reação do organismo, a ponto de criar resistência à doença. Passando disto, o que acontece é a infecção que se queria evitar. E assim foi. Tão grande tornou-se a dose nesta repetição, que a mulher morreu.

Há menos de dois anos, o Brasil assistiu, estupefato, uma correria às agências da Caixa Econômica Federal, pois se falava aos quatro ventos que o Programa Bolsa Família estava pagando sua última mensalidade e que em seguida iria ser extinto. Um erro de comunicação seguido de uma ação intencional da imprensa, causando pânico, de forma irresponsável e criminosa.

Quando o governo Lula aumentou tributou para grandes depósitos em poupança, coisa que só atingiu poupadores muito ricos, a imprensa mais uma vez cumpriu a tarefa desonesta de dizer que havia voltado o confisco ao modo da era Collor.

Ano passado, o prefeito paulistano Fernando Haddad fez uma remodelação no IPTU em que os mais ricos, proprietários de imóveis de altíssimo valor venal passaram a pagar um pouco mais, visto que recebem bem mais benefícios públicos nas áreas de luxo da cidade onde se encontram instalados. Já os pobres tiveram o IPTU reduzido, com centenas de milhares deles ficando isentos. O trabalho da mídia foi tão cretino que estes pobres beneficiados com a isenção ficaram contra o projeto.

Vi na Câmara Municipal de Mossoró quando o então secretário de Recurso Hídricos, Rômulo Macedo veio apresentar o projeto da Adutora Assú-Mossoró colegas da imprensa local, ouriçadíssimos. Eram rosalbistas e saíram histericamente gritando: “Temos que detonar essa adutora, pois se ELA for feita Garibaldi não perde mais eleição em Mossoró”. E daí nasceram os boatos, até de que iríamos tomar refresco de defunto do cemitério de São Rafael. Uma campanha sórdida, que mudou da água poluída para o Old Parr, quando Rosalba aderiu ao governo e passou a ser “a senadora de Garibaldi” nos palanques. Logo ele voltou a ser o “governador das águas”.

Quem não se lembra de Luiz Colombo Pinto, um homem de muita grandeza de caráter, sendo pintado como “o rei do baralho” numa emissora do sandrismo, porque estava se candidatando a prefeito. E João Batista Xavier, o grande professor de Filosofia e ex-seminarista mostrado a Mossoró como “iconoclasta”, o quebrador de imagens da Catedral e das catacumbas do Cemitério de São Sebastião. E a molecagem de tratar um jovem médico como “comedor de fígados de crianças”, só porque era um profissional de alto nível e, tendo se ligado a uma família política adversária dos Rosados, tinha potencial para ser prefeito ou disputar uma vaga de deputado no futuro próximo.

Esta é “a indústria do boato”. Lá e cá. Querem entender melhor, leiam “Murro na Cara”, livro sobre as campanhas políticas dos Estados Unidos. É essa indústria do boato, da bandalheira, da canalhice que está no ar, com mais uma edição, agora espalhando, de novo, um confisco da poupança.

E ainda tem quem ache que a mídia não precisa de regulação, coisa absolutamente diferente de censura, pois censura é o que fazem atualmente dirigentes de veículos de comunicação a serviço do golpismo como a diretora do conglomerado Globo de Comunicações que proibiu de vincular o nome de FHC ao Lava Jato mesmo diante da contundente denúncia de Pedro Barusco, dizendo que foi no governo dele que a corrupção tornou-se sistêmica na Petrobras.

Crispiniano Neto é agrônomo, bacharel em Direito, jornalista, poeta e escritor.

Fonte: www.crispinianoneto.blogspot.com.br

Cadê a água?

Messias Targino e Patu continuam sem água da CAERN

A mídia noticiou, há dias, que foi encontrado um vazamento na tubulação da Adutora Arnóbio Abreu, que traz água da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, de Assu/Itajá, para os Municípios de Paraú, Triunfo Potiguar, Campo Grande, Janduís, Messias Targino e Patu, e que esse vazamento levaria à suspensão do fornecimento de água por vários dias (clique aqui), o que de fato aconteceu.

Depois, a mídia também noticiou que o conserto do problema se daria por volta do dia 10 de fevereiro, e que logo o abastecimento de água nos Municípios afetados seria restabelecido (clique aqui).

Fato é que, até o presente momento, ninguém sabe se o problema foi realmente resolvido, pois a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte - CAERN, mantendo a prática, mantém-se silente e nada informa às populações atingidas.

Enquanto isso, ao menos em Messias Targino e Patu o Blog tem a certeza de que faltou água proveniente da Adutora Arnóbio Abreu até este sábado, 14 de fevereiro.

Mesmo para quem aciona o caro serviço particular de carro-pipa, a água demora a chegar, já que os poços e cacimbões da região de onde são retiradas diariamente grandes quantidades de água estão com suas capacidades abaixo de um limite razoável, em face da grande demanda. Sobra necessidade, falta vazão nos poços e cacimbões.