quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Besteirol de inglês

Imprensa festeja reinado de Elizabeth II

Esta quarta-feira, 9 de setembro, foi de uma besteira sem limites na imprensa mundial, com ampla repercussão aqui, nessa terra Brasil.

Nesta quarta-feira a rainha Elizabeth II, do Reino Unido, liderado pela Inglaterra, ultrapassou o tempo de reinado da sua ascendente, a rainha Vitória.

Elizabeth II tornou-se assim a monarca a ficar mais tempo à frente de um reino, comendo, bebendo e vivendo às custas de uma nação, numa vida de luxo dela e de toda a família real.

Aplaudida pelos ingleses, que em sua maioria cultivam essa besteira secular, que remonta à Idade Média, Elizabeth II e a monarquia britânica não recebem os mesmos aplausos dos demais povos cujos países compõem o chamado Reino Unido, que são o País de Gales, a Escóssia e a Irlanda do Norte.

Na Escóssia e na Irlanda do Norte, principalmente, a rejeição à monarquia é muito forte, e de tempos em tempos eclodem movimentos separatistas.

O povo que aplaude a monarquia britânica é o mesmo que, apesar da crise na Europa, paga as gordas faturas de contas da vida luxuosa de Elizabeth II e de sua gente, que é tratada como sendo melhor que o resto da nação, da qual nunca nenhum cidadão chegará ao direito de sentar no trono real.

Pomposa, a família real britânica não se cansa de se envolver em escândalos. Notícias de traição em casamentos por lá são fatos até já bastante comuns. O príncipe Charles, número um na linha de sucessão, já teria sido traído duas vezes, em dois casamentos distintos.

Mas, enquanto isso, a imprensa mundial e a brasileira seguem noticiando com alegria todo e qualquer fato que diga respeito à família real inglesa.

Sem moral

Fábio Júnior tem moral para protestar? 

Formadora de opinião, a chamada grande imprensa gosta de dar ampla publicidade a fatos que não interessam à maoiria das pessoas.

Uma das grandes besteiras que ganharam ampla repercussão na imprensa foi o "protesto" feito pelo cantor Fábio Júnior na edição 2015 do "Brazilian Day", evento realizado pela Rede Globo de Televisão em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Na ocasião, Fábio, sob o pretexto de protestar contra a corrupção e coberto pela bandeira do Brasil, bateu forte na presidenta Dilma Rousseff.

Interessa notar que, enquanto Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Zé Geraldo, Geraldo Vandré e outros gigantes da música popular brasileira se rebelavam contra o regime militar que (des)governou o Brasil de 13 de março de 1964 até o início dos anos 80 do século passado e embalaram, com suas canções, todos os que efetivamente se opunham aos militares, Fábio Júnior se fazia de morto, não dizendo uma palavra contra aquele regime de exceção.

Aqueles artistas que não se conformavam com o regime militar se juntaram a pessoas que efetivamente lutaram contra o regime, como Leonel Brizola, Aluízio Alves, Ulisses Guimarães, Mário Covas, Luís Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, e tantos outros. Se hoje Fábio Júnior pode dizer publicamente as lorotas que inventa de dizer, agradeça a essa turma, que pagou com a liberdade e em muitos casos até com a vida para que todos os brasileiros e brasileiras pudesse gozar hoje dos ventos da democracia.

Interessa também destacar que Fábio Júnior teve que sair do Brasil para realizar um "protesto",quando, se quisesse, há muito tempo poderia tê-lo feito aqui mesmo.

A bagunça que sempre foi a vida pessoal de Fábio Júnior, pessoa pública que nunca serviu de exemplo para ninguém, também lhe retira qualquer suporte moral para criticar o errado. Quando ele, homem público, conseguir resolver primeiro a sua vida, talvez possa lançar alguma crítica sobre alguma postura errada de quem quer que seja.

Por fim, vale lembrar que a realizadora do evento Brazilian Day, a Rede Globo de Televisão, foi herança dos militares, presente do regime da época para a família Marinho, e tem sido forte aliada de grupos conservadores de direita, com franca artilharia disparada diariamente contra qualquer governo de esquerda, como assim fez com Leonel Brizola, quando este foi governador do Rio de Janeiro, e como vem fazendo desde o primeiro governo de Lula, até agora no governo de Dilma.